Os Invencíveis Azuis e Brancos: A obra prima.

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domingo, 11 de setembro de 2011

A obra prima.

Depois da jornada de futebol deste último sábado, gostaríamos de referir algumas considerações, sobre as incidências e peripécias resultantes de alguns dos jogos, deixando já bem claro que se calhar as mesmas resultaram inconscientemente do que se passou em termos de jogo jogado no desafio da 6ª feira passada, entre o F.C.Porto e o Vitória de Setúbal.

Comecemos então por referir o caricato da situação no jogo entre o Benfica e o Vitória de Guimarães, em que num jogo só são apontados 3 penáltis, sendo que 2 deles são marcados no espaço de 2 minutos de diferença entre ambos, e todos beneficiando a mesma equipa, que neste caso foi o Benfica. Não nos vamos debruçar nem discutir se os mesmos foram bem ou mal assinalados, com muitas ou poucas dúvidas na disputa dos jogadores sobre a bola.

O que vamos referir é o surreal e o lírico da situação, em que no final do jogo o treinador da equipa da Luz, Jorge Jesus, vem a terreiro e a plenos pulmões afirmar com toda a sua convicção característica «Não foram três, foram quatro penáltis!» e após tão convincente afirmação, parte para a sua explicação sobre tão perfeita contabilidade que resume a sua visão dos 90 minutos de jogo; «Houve quatro penalties, três marcados e um que não foi. Há um cruzamento do Emerson em que a bola bate no braço do Alex. Os outros três são grandes penalidades, já tive oportunidade de os ver. Acontece muitas vezes quando os defesas se encolhem ou quando põem a mão na cara e a bola vai lá. O Duarte Gomes esteve bem. Um jogo não tem muitos ou poucos penáltis, tem aqueles que acontecerem. Se alguém tem de reclamar é o Benfica porque havia quatro grandes penalidades. Se calhar, daqui a um tempo, a equipa técnica do Guimarães vai perceber que foram quatro»

Bom, mas o mais engraçado desta situação, é que a equipa adversária reagiu no sentido contrário, e para demonstrar a sua competência sobre o assunto, lá veio o Presidente do Guimarães, metendo o nome do F.C.Porto ao barulho, no sentido de reforçar o quanto tinha sido prejudicado, retorquir que o campo foi demasiado inclinado a favor da equipa adversária do Guimarães, com a brilhante afirmação:

«Foi demasiado tendencioso. É lamentável tudo o que se passou. Já no primeiro jogo houve um penalty que não existiu. Desta vez tivemos dois penáltis inexistentes. Temos andado calados, mas vamos começar a ver as coisas de outra maneira. Contra o F.C. Porto foi como foi, e agora voltámos a ser prejudicados. É mau de mais para ser verdade.»

Resumindo, enquanto os vencedores e com receio do reforço da distancia para o líder do campeonato que neste caso é o F.C.Porto, agradece e reforça o papel desempenhado pelo árbitro, já que em 3 situações conseguiram marcar 2, que lhes permitiu vencer o adversário por 2 a 1, os vencidos reforçam e apelam ao sentimento anti-F.C.Porto, para clarificar o quanto foram prejudicados pelo árbitro. O hilariante da situação é que ambas as equipas se socorrem do papão F.C.Porto para justificar as incidências do jogo, sendo elas a favor ou contrárias, ao resultado final.

Na nossa modesta opinião, o culpado do desnorte que se viu quer no jogo do Benfica – Guimarães, quer no jogo Paços de Ferreira – Sporting, em que os de verde e branco recuperam em 20 minutos de jogo de uma situação desfavorável de 2-0 para 2-3, após a expulsão forçada de um jogador do Paços, é mesmo do F.C.Porto e dos seus 45 minutos finais contra o Vitória de Setúbal.

Para quem tanto apregoou e chorou que o F.C.Porto sem Falcao, seria um alvo fácil de abater, deve ter ficado espantado e nervoso, por aquilo que a equipa do F.C.Porto, fez nos desafios contra o Leiria que jogou mais a frente e levou 5, e contra o Vitória de Setúbal, que mesmo estacionando o autocarro de 2 andares em frente a sua baliza, levou 3, mas que poderiam ser 6. Ainda mais nervosos e atarantados devem ter ficado, após o visionamento da obra prima que foi o 2º golo do F.C.Porto, contra o V. Setúbal, que aqui deixamos em “desenho”. Se os resultados deste fim de semana, não fossem positivos para os 2 grandes de Lisboa, então é que seria um berreiro em toda a comunicação social, com a afirmação de que o futebol português estaria pelas ruas da amargura.

Vamos acompanhado as cenas dos próximos capítulos, desta liga 2011-2012, esperando voltar a ter momentos brilhantes e momentos cómicos, que nos farão sorrir a bom sorrir, com situações rocambolescas e hilariantes como vimos neste sábado passado em alguns dos jogos. Até lá deliciem-se com a obra prima do 2º golo do F.C.Porto, primeiro de El Bandido, contra o Vitória de Setúbal. É com lances destes, que os clubes enchem estádios em tudo o mundo. 

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