Os Invencíveis Azuis e Brancos: FC Porto, e o mau aproveitamento nas bolas paradas.

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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

FC Porto, e o mau aproveitamento nas bolas paradas.


Partindo do princípio que as estatísticas valem o que valem, e os números nelas constantes poderem ser utilizados para suporte das nossas opiniões, ou para contrariar ou desmontar as dos nossos concorrentes, vamos contudo e aproveitando esta oportunidade do seu estudo, dissertar sobre uma comparação engraçada entre dois treinadores portugueses, que se encontram de momento catalogados, entre o bom mestre e o mau vilão.

Assim e continuando a estudar e a comparar as estátiscas apresentadas pelos dois clubes que lutam este ano pela primazia do futebol português, ou seja o FC Porto e o clube da Luz, deparamo-nos com algumas situações pouco divergentes e outras muito coincidentes.

Tendo em atenção essas situações coincidentes, entre o FC Porto e o clube da Luz, ficamos perplexos, como podem apelidar um treinador de incompetente, e promover o outro a mestre ou mesmo a guru da táctica do futebol moderno, quando não existem razões tão evidentes que demonstrem ou sirva de base a avaliações tão díspares entre ambos.

Na nossa opinião, existem determinadas situações de jogo, que definem claramente o trabalho específico e a criatividade que um treinador poderá oferecer, para o reforço da capacidade concretizadora de uma equipa. Uma dessas situações de trabalho específico, e que no futebol moderno tem vindo a ter cada vez maior influência para se obter o resultado final dos jogos, é o aproveitamento que algumas equipas denotam, na cobrança de situações de bola parada, ou seja cantos ou livres.

Olhando para os resultados que a equipa do FC Porto apresenta até à data, em comparação com as do bairro da Luz, chegamos à conclusão que ambas estão quase em igualdade pontual, neste item.


Mediante estes resultados, ou o treino que ambos os treinadores devotam ao tratamento desta opção de jogo não é a melhor e a mais eficaz, ou as equipas e concretamente os seus jogadores, ainda não conseguiram introduzir e concretizar em jogo, as situações trabalhadas durante os treinos.

A criatividade e a capacidade de inovar e melhorar a execução destas oportunidades, potenciam e de que maneira, a vertente goleadora de uma equipa, e acrescentam dificuldades defensivas superiores aos seus adversários.

Por exemplo; É no fraco índice de concretização em golos, que a equipa do FC Porto revela no aproveitamento da cobrança de cantos, que na nossa modesta opinião, poderemos afirmar que a gestão de Vítor Pereira, revela alguma incapacidade prática de resultados.

Como justificação para os fracos resultados alcançados, poderíamos elencar muitos parâmetros condicionantes que podem estar aqui em jogo, mas de certeza que a altura dos jogadores do FC Porto não é uma delas, já que equipas mais baixas, conseguem valores de aproveitamento muito mais elevados, que o FC Porto.

Hoje, e sabendo do fraco rendimento atual que a equipa do FC Porto retira destas situações, as equipas adversárias até se podem dar ao luxo de conceder facilmente cantos para melhor defenderem os caminhos para a sua baliza, pois sabem que essa opção não lhes trará grandes dissabores.

Urge assim e rapidamente, trabalhar no sentido de acrescentar valor neste item à equipa do FC Porto, para que a mesma crie dificuldades, retirando esta opção de defesa aos seus adversários e acrescentar capacidade de concretização ao FC Porto, como mais um caminho possível a seguir, para obter mais golos, e vencer os desafios com mais facilidade.

Para além dos números constantes nas estatísticas, números esses que nos podem demonstrar muito das capacidades técnicas das equipas, jogadores e treinadores, e por muito que este jogo seja pensado e executado ao pormenor, existe e existirá sempre, a questão da sorte, bem como o estado de espírito e paixão de alguns árbitros. São estes fatores que escolhem e escolherão sempre um dos contentores em liça, para os cobrir com o véu da sua glória, e assim o transformar em verdadeiro herói, deixando ao outro antagonista o papel de vilão.

Contudo, e por mais que alguns o desdenhem, existe uma verdade insofismável de combate a paixões e mesticismo da sorte;

Quem mais e melhor trabalha, normalmente está mais perto, ou mais vezes alcança a vitória, e se coloca a coberto de surpresas.

Quando se disputa o topo de qualquer competição, qualquer discuido no tratamento de um ínfimo pormenor que seja, poderá fazer a enorme diferença final, entre a derrota e a vitória.

A pontaria afinada, e o índice de aproveitamento na cobrança de cantos, explicam e de que maneira, os 5 pontos de atraso que o FC Porto levam, para o adversário que ocupa neste momento a primeira posição, apesar deste também não possuir valores de elevada valia. Contudo, são ligeiramente melhores, que os do FC Porto

3 comentários:

  1. Boa análise!

    http://seromaradona.blogspot.com/

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  2. Excelente artigo. Acho que o problema está na insistência nos cantos "à maneira curta". Eu sou contra os cantos à maneira curta, e essa teoria que desfaz a defesa à zona é muito bonita, mas também dificulta a colocação da bola na pequena área, permite que o fora-de-jogo seja facilitado à equipa que defende. O facto de até agora não termos um ponta-de-lança (o Kleber é avançado), e o Rolando ser o nosso central mais goleador (o que diz muito dos outros) também pode ajudar a justificar os números.

    Esta opinião não obedece nem ao acordo ortográfico nem tem que ser aceite por todos.É a minha opinião e não está isenta de critica nem de desaprovação por parte de outros portistas. Um abraço

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    1. Saci Pereré...Felizmente existe uma infinidade de maneiras para se cobrar um canto ou um livre. O que vemos, é que o FC Porto e os outros pouco variam ou acrescentam de novidade. O FC Porto num jogo recente, teve 14 cantos, e marcou-os quase sempre da mesma maneira, e com zero de sucesso. Ou ao primeiro poste ou ao segundo. Nunca variou disto. Em 2004, num jogo em pleno estádio do Dragão, o FC Porto obteve um golo na cobrança de um canto, através de uma jogada copiada de outra equipa, que conseguia obter muitos golos dessa maneira.
      Só não inova e não acrescenta variedade, quem não se quer dar ao trabalho de estudar e verificar o que de melhor os outros fazem, e aplicar o mesmo ao nosso grupo de trabalho.
      Veja o primeiro golo do Barcelona ao Real Madrid na recente taça do Rei. Veja o 3 golo que o Manchester United marcou ao Chelsea, através de um dos homens mais baixos do plantel. Isto em cruzamentos por alto.
      A movimentação na cobrança, é um dos factores chaves para o seu sucesso. Mas também o podemos efectuar, por cruzamentos rasteiro para a entrada da área, onde aparece um médio para o remate à baliza, ou por troca de bola entre dois elementos junto à bandeirola de canto. Tantas e tantas maneiras de se chegar ao golo, e ficamos pelas 2 mais fáceis.

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