Os Invencíveis Azuis e Brancos: Os números do FC Porto, não enganam.

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Os números do FC Porto, não enganam.


Depois de ter dado uma volta pela blogosfera dedicada à causa do FC Porto, onde procurei encontrar respostas para as minhas dúvidas, sobre o que estaria a afetar o rendimento da equipa principal do futebol azul e branco, em termos de classificação do campeonato, bem como na conquista de troféus, acabei por não ficar completamente elucidado pelas respostas que fui encontrando.

Enquanto uns se degladiavam a demonstrar por a mais b, que o treinador não tem capacidades para liderar a equipa, porque ouvia-se ou comentava-se que haveria resistência de alguns dos jogadores às suas decisões, outros afirmavam a pés juntos que o problema se ficava a dever à dificuldade que Vítor Pereira revela na escolha dos jogadores eleitos para os jogos, não demonstrando grande apetência pelas novas promessas do futebol azul e branco como sejam Jamez, Iturbe ou Danilo. Outros ainda e mais enfáticos, afirmavam com convicção, que a diferença se fazia e faz atualmente pela ajuda com paixão pelo “andor”, que a classe do apito sempre revelou, por mais escondida que tenha estado nos anos anteriores.

Bem, como de treinador de bancada e de gostos pelo jogador a ou b, todos nós temos um pouco, pareceu-me que a melhor situação para analisar e descobrir concretamente, o que estaria a condicionar o rendimento desta equipa, bem como a competência do seu técnico principal, teria que passar obrigatoriamente por dados mais concretos e concisos, como sejam os números, e principalmente através das estatísticas, onde poderíamos verificar o que esta equipa já produziu.

Metendo as mãos ao trabalho, procuramos os dados referentes ao FC Porto, e procedemos a comparação dos mesmos, com o realizado pela equipa adversária que vai em primeiro na classificação do campeonato, apurando assim o resultado final da equação.

Surpresas das surpresas, os valores são contraditórios à maioria das opiniões dos treinadores de bancada sobre a valia técnica desta equipa azul e branca, bem como muito díspares no item principal, pelo qual é analisado todo o jogo ofensivo de uma equipa; o remate e consequente golo.

Para a obtenção do golo que se traduzirá no resultado final do jogo e consequente vitória sobre o adversário, é no remate à baliza que termina qualquer jogada laboriosamente construída pelos elementos de uma equipa. 

Estudando os números, o que encontramos então?


Que o FC Porto, é campeão dos remates, chegando ao cúmulo de fazer mais 25% de remates que a 2ª equipa mais rematadora, que é a equipa do Benfica. Só que tanta produção ofensiva realizada pelo FC Porto, não tem a devida compensação na obtenção de golos e por consequência os resultados das partidas não espelham essa grandeza de produção. E isto porque o FC Porto, também é o campeão do desperdício, com 63% dos remates a serem efetuados para fora, e bem longe do alvo. Neste aspecto, o nosso concorrente tem a pontaria mais afinada, já que só 37% dos remates, é que não acertam no alvo. 

Só pela análise destes 2 parâmetros poderíamos chegar à conclusão que a diferença na classificação do campeonato, se poderia ficar a dever, no fraco aproveitamento que o FC Porto faz, das oportunidades de golo que consegue criar, frente às equipas adversárias, em comparação com o seu concorrente direto. O FC Porto tem um aproveitamento de 40%, e o Benfica de 60%.

Na nossa opinião, este aspeto, também pode revelar que a equipa tem vindo a ser afetada pelas campanhas da comunicação social, que visam a destabilização e o desacreditar das capacidades dos jogadores do FC Porto, que quando confrontados perante a situação, revelam dúvidas e tremuras de última hora, em vez de demonstrar classe e convicção na concretização. Aqui entra e muito, o carinho que a massa adepta do FC Porto não tem demonstrado, perante alguns dos jogadores avançados do FC Porto, como sejam Varela, Kléber, Djalma, e por vezes Jamez ou mesmo Hulk, que poderia e deveria servir como defesa e animo para as batalhas que se seguem.

Sabendo disso melhor do que ninguém, a comunicação social adversa ao azul e branco, carrega nesse ponto contra os jogadores e equipa técnica do FC Porto, mas idolatra e maravilha qualquer lance mais banal que seja, mas que tenha sido executado pelos jogadores da equipa da Luz, ou de Alvalade. Isto, porque lhes interessa reforçar a parte anímica dos adversários do FC Poro, reforçando a sua convicção de grandes estrelas de futebol, e ao mesmo tempo colocar toda a pressão e dúvida nas capacidades dos jogadores do FC Porto, que podendo obter golos de jogadas fáceis, tentam a todo o custo executar lances de maior grau de dificuldade, para acalentarem serem apelidados de geniais.

Como exemplo, o golo marcado por Janko, no último FC Porto- Setúbal. Se este estivesse equipado de vermelho e se chamasse Rodrigo, teriam aberto telejornais e primeiras páginas dos jornais, a afirmar que o mesmo tinha sido uma verdadeira obra de arte, um golo ao verdadeiro felino de área, um lance de classe pura. Mas não, foi tratado em termos gerais, como um lance banalíssimo.

Como Janko foi apresentado na comunicação social, como um jogador banalíssimo suplente de uma equipa de um campeonato fraquíssimo, já existem portistas que imbuídos do espírito dos vermelhos, o apelidam de poste, tosco, e etc.

Com amigos destes, para que ter inimigos…

Na nossa opinião, o FC Porto, deveria treinar e muito, a pontaria dos seus elementos da linha avançada, bem como dos seus médios, para que os mesmos conseguissem melhorar o seu índice de aproveitamento nos remates efetuados, para os restantes jogos deste campeonato. Lucho com a obra-prima que efetuou ao Setúbal, demonstrou como é fácil, quando se sabe e se foi trainado para isso.

Num próximo post, tentaremos demonstrar com números concretos e não com suposições, onde Vítor Pereira tem falhado, e poucos ou nenhuns o tem afirmado. Engraçado que o mestre da tática e das maravilhas, que é apresentado e promovido como o grande guru do futebol português, também tem falhado nesse aspeto. O item a ser analisado, é específico e demonstrativo da influência que um treinador pode ter, no aproveitamento de todos os aspetos do jogo, para a obtenção de resultados finais positivos.

2 comentários:

  1. É isso mesmo, os números não enganam, mas como os pontos também não, temos 5 para recuperar.

    Abraço

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  2. ..."Se este estivesse equipado de vermelho e se chamasse Rodrigo, teriam aberto telejornais e primeiras páginas dos jornais"...




    Podes crer !



    Abraço

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