Num jogo disputado com alguma
virilidade por dois dos pretendentes a serem o “campeão” desta liga
2011-2012, o resultado premeia a persistência e sorte de uns, em detrimento do
pouco asserto e deixa andar de outros.
O F.C.Porto, inicia o jogo numa toada
de grande acutilância e pressão alta, não deixando o Benfica construir jogo como
gosta com as suas arrancadas de trás para a frente. Nesse período de maior
domínio azul e branco, com alguns lances de belo futebol, Kleber demonstrou mais
uma vez que ainda está longe de ter o instinto matador que Falcao apresentava,
pois falhou um golo certo, após um belíssimo passe de Varela, por ter optado por
um remate fraco, quando se pedia mais rapidez na execução.
Após este momento menos positivo, a
equipa azul e branca não baixou os braços e continuou a praticar o mesmo estilo
de jogo, até que e novamente ao tentar tirar partido das laterais do
Benfica, consegue numa disputa mais acesa da bola, conquistar uma falta,
cometida por Maxi sobre Palito, junto a lateral da grande área do Benfica. Na
cobrança do livre, Guarim coloca a bola em jeito na cabeça de Kléber, que ao
primeiro poste remata em jeito da esquerda para a direita, enviando a bola para
o poste mais distante, batendo o sortudo guarda redes Artur, num belo gesto
técnico, concretizando a cobrança do livre, num belo golo.
Com este golo, ficava assim clarificado
o maior ascendente ofensivo do FCPorto. Contudo, e após o golo, o FCPorto que
poderia ter continuado a pressionar aumentando ainda mais a agressividade na
procura da bola e na dilatação do resultado, tirando partido de alguma da
desorientação e ansiedade do Benfica, estranhamente o FCPorto recua nos últimos
minutos da primeira parte, concedendo alguma iniciativa de jogo aos visitantes,
baixa o ritmo de jogo até ao intervalo do jogo, gorando-se assim a hipótese de
causar mais mossa na equipa visitante.
Após o arranque da segunda parte e
animados pelo resultado que se mantinha na diferença mínima e que não espelhava
com mais clareza o que se tinha passado na primeira parte, o Benfica acreditou
que tinha chegado o seu momento de disputar o jogo, pois tinha tido a sorte de
apesar de estar a perder, não ter sofrido um resultado mais elevado, e que seria
mais justo para aquilo que se tinha passado na primeira parte. Entrou assim o
Benfica com mais arrojo e interesse em chegar mais rápido à baliza do seu
adversário, enquanto que pelo contrário a equipa de azul entrou numa toada
mais calma e contemplativa do que se estava a passar, para depois poder
resolver. Numa das suas jogadas habituais de trocas de bola em progressão
rápida, consegue o Benfica concretizar em golo, um lance que passando a bola por
vários jogadores azuis e brancos com possibilidade de matar o lance, nenhum dos
jogadores o conseguiu efectuar, terminando a mesma nos pés de Cardoso que
ganhando a posição a Palito, consegue contornar Helton, que se fez ao lance algo
atabalhoado, mas que por isso não consegue evitar que a bola lhe passe por baixo
do corpo, entrando a mesma na sua baliza, colocando assim o resultado numa igualdade a
um golo para cada lado.
O FCPorto não se desuniu, e pouco tempo
depois e mais uma vez após algum ascendente na linha lateral da grande área, a
bola é enviada para Varela que dentro da grande área do Benfica e rodopiando
sobre si, envia a mesma para a frente da baliza, aparecendo Otamendi a
concretizar com toda a defesa do Benfica bem como Artur completamente batidos
pela brilhante execução de Varela, virando assim o resultado para o FCPorto, em
2-1.
Nesta altura, J.Jesus viu que a sua
equipa estava a perder pressão e faz entrar Saviola, por substituição de Aimar,
bem como o famoso "chuta-chuta" por Nolito, dando assim mais frescura e
agressividade ao seu meio campo, que estava a ser completamente batido pela
construção e triangulações do meio campo do FCPorto.
Para nós é neste momento, que o FCPorto
perde os 3 pontos e a vitória do jogo, pois Vítor Pereira, mexeu mal ao retirar
Guarim do campo, quando 2 minutos antes o mesmo Guarim, quase consegue o 3º
golo, ao efectuar um chapéu, ao guarda redes do Benfica, que por sorte e pela sua
boa rapidez de resposta, consegue socar a bola para canto, quando a mesma se
preparava para entrar no canto superior esquerdo da sua baliza.
A entrada de Bellushi, por substituição
de Guarim, não acrescentou nada de novo ao jogo atacante do FCPorto, pois Hulk
já se arrastava ha muito dentro do campo, sendo imitado por Kléber e por Varela,
que já não desciam ao seu meio campo defensivo desguarnecendo os seus colegas
laterais no seu papel defensivo.
Com a falta de músculo e de choque no
meio campo do FCPorto, o Benfica aproveitou-se da situação, pois J.Jesus nunca
abdicou dos seus 2 trincos, ganhando a luta do meio campo à equipa de azul e
branco. Assim, foi num lance rápido daqueles que os jogadores do Benfica gostam,
em que embalados do seu meio campo defensivo, ganham metros e percorrem o meio
campo do Porto sem obstrução, e numa troca rápida entre Cardoso, que endossa a
Saviola, que sem olhar coloca a bola no lado contrário onde aparece em
velocidade Gaitan, que em corrida ganha o lance ao desamparado e
cansado Fuccile, que num remate com o peito do pé e de baixo para cima, coloca a
bola fora do alcance de Helton, mas tendo a felicidade de a enviar à barra, e
que caprichosamente a mesma ganha efeito ao mudar o seu movimento para
baixo, entrando na baliza do FCPorto, alterando novamente o resultado para um
empate, mas agora para um 2 a 2, que se manteria até ao final do
jogo.
Este empate final, foi claramente um
resultado enganador para o que se passou durante os 90 minutos de jogo, já que o
mesmo castiga a equipa que mais lances ofensivos e oportunidades criou, em
detrimento de uma que em 3 remates à baliza consegue marcar 2 golos.
Neste primeiro post sobre este desafio,
não mencionamos a arbitragem, pois a mesma e mediante a quantidade de decisões
erradas e estapafúrdias que tomou, com claro prejuízo para quem mais atacou e
tentou jogar ofensivamente, merecem um post individual que tratará desse
assunto.
Como é possível, questionamos nós,
considerarem um individuo que não tem presença nenhuma dentro do campo, e que
claramente teve influência no resultado ao ser conivente mais uma vez, com a
equipa que praticou lances de agressão pura e que roçaram a violência sem os
ajuizar nem sancionar, mas que se praticados ao de leve e em disputa da bola,
por jogadores de azul e brancos vestidos, eram prontamente assinalados com a
falta e respectiva amostragem de cartões disciplinares, um dos melhores, senão
mesmo, o melhor árbitro português?
Inacreditável.
Imaginem o que não se diria desta pobre personagem, se o beneficiado fosse um clube que se equipa de azul e branco?
Imaginem o que não se diria desta pobre personagem, se o beneficiado fosse um clube que se equipa de azul e branco?