Os Invencíveis Azuis e Brancos: 2011-10-02

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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Fraco na táctica, mas com futuro.




A imprensa da treta que idolatra ídolos de pés de barro, desde que os mesmos sejam das cores ou preferências dos jornalistas, tenta a todo o custo cavalgar a onda do descontentamento que alguns adeptos azuis e brancos manifestaram, após 2 empates e uma derrota, no ainda curto e imberbe reinado de Vítor Pereira, mesmo depois de uma categórica e expressiva vitória alcançada em Coimbra, contra uma das melhores equipas deste campeonato.

A insistência na tecla de que 55% do inquiridos azuis e brancos, se sentem ainda insatisfeitos, é a prova de que se pretende a todo o custo criar confusão e descrença, numa casa que nos últimos anos esmaga e de que maneira, os concorrentes diretos e representantes da capital do outrora império português, quer em termos de conquistas efetivas de troféus nacionais, quer internacionais.

Este tipo de comunicação, nesta altura da inversão do trajeto descendente da equipa e principalmente do seu técnico principal, não é inocente.
Não se pretende informar, pois caso contrário a notícia teria que nos enquadrar no critério do arranque desta época competitiva, bem como no período curto da analise dos acontecimentos, e da valia dos competidores em disputa, bem como na escolha de Vítor Pereira, dando o corpo às balas, aceitou o desafio de assumir o projeto do qual antecipadamente outros tinham preparado, mas que fugiram do mesmo a sete pés, por medo e complexos de inferioridade perante o papão Barcelona.

Na nossa opinião, aceita e mitiga este tipo de notícias, quem for mesmo distraído e não pensar pela sua cabeça, deixando-se influenciar por pseudo defensores da verdade, mas que não são mais do que meros bonecos e moços de recados, na persecução da estratégia dos adversários e inimigos do F.C.Porto.

Um verdadeiro portista, não se deve esquecer que Vítor Pereira demonstrou uma verdadeira coragem de líder, num momento tão conturbado para a vida da sua equipa principal de futebol, ao colocar o convite do Presidente em primeiro lugar, quando teria sido muito mais cómodo ter seguido o seu anterior chefe para um principesco lugar como adjunto do Chelsea.

Para quem nunca treinou um clube da primeira divisão, nem tem a experiência de ter servido como adjunto do “Special One” durante 10 anos, Vítor Pereira tem vindo a demonstrar ter capacidades mais que suficientes, para conseguir levar esta empreitada a bom porto.
Não é reconhecido como o mestre da táctica por 44,5% dos inquiridos, pois também não o poderia ser, já que esse título está entregue ao seu adversário de encarnado vestido. Não se esqueça, é que para quem está a começar, ter já o reconhecimento de 36,9%, de como faz uma boa leitura táctica, é já um bom indicador, e com um pouco mais de calma, e principalmente de sorte, poderá chegar ao topo, fazendo os mesmos ou melhores números que o seu antecessor.

Se nos lembrar-mos da quantidade de bolas aos ferros, bem como algumas defesas impossíveis como aquela que Artur faz ao primeiro remate de Hulk, hoje não estaríamos a ver este tipo de inquéritos mas se calhar a questionar, como é que é possível o FCP, voltar a acertar em cheio na contratação de mais um treinador, enquanto questionaríamos a Jorge Jesus, ou de Domingos.

Quanto a Vítor Pereira e na nossa opinião, o mesmo ainda assim cometeu erros. Mas isso é normal, quando temos cabeça e queremos pensar pela nossa, em vez de facilmente copiar o que outros fazem, ou fizeram.

Arriscou e deu-se mal? É natural, pois tentou que a equipa fizesse aquilo que os adversários nunca esperariam, e acima de tudo fizesse algo de novo em tão pouco espaço de tempo.

Mas qual foi o seu maior pecado até ao momento?
O de não ter percebido que no F.C.Porto a cultura de vitória está tão enraizada que qualquer jogo é disputado como se de uma final se tratasse, e que por isso não existe tempo para testar e consolidar novos processos, já que a vitória e sempre a vitória, é o que mais interessa.

Em conclusão.
Este inquérito demonstra que a concorrência está a ficar nervosa, pois a estrutura Azul e Branca abanou, mas não caiu, e V.P. mostrou que aprendeu e adaptou-se rapidamente.
O jogo em Coimbra, é exemplo disso mesmo. Processos simples, e comodidade em defender mais atrás, obrigando o adversário a avançar e a expor o seu último reduto. Falta ainda ganhar o aspecto físico, já que o desgaste acumulado nos primeiros jogos do campeonato e da supertaça europeia, foram demasiados.

No fundo, este estudo mais não é do que a demonstração de que a estratégia delineada pelos adversários durante o defeso, em que alguns já consideravam uma vitória fácil no campeonato, após a fuga do principal e vitorioso treinador, bem como do principal goleador do F.C.Porto, lhes iria permitir ultrapassar facilmente a grande desvantagem que tiveram no passado recente para com o F.C.Porto, está contudo presa por mosquitos, e que mais cedo ou mais tarde, irá ruir que nem um castelo de areia.

Esta notícia, num dos jornais de maior tiragem, revela já algum desnorte por parte da concorrência, pois o F.C.Porto para alcançar e manter o primeiro lugar da liga, ainda não teve que apresentar um índice de competitividade e velocidade tão elevado como os seus concorrentes diretos, que já se encontram no máximo da sua forma física, e que com o continuar do campeonato em moldes normais, lá para o meio ou no ultimo terço, se venham a revelar em lesões complicadas dos seus jogadores, como aconteceu no passado recente.

Assim se V.P. conseguir vencer este campeonato, como tudo parece indicar ,devido à quantidade e qualidade inquestionável de alguns reforços que ainda não foram utilizados, será mais um enorme elefante que terão que engolir, pois esta vitória, mais não é, do que uma aposta pessoal de Pinto da Costa, essa personagem tão mal interpretada e odiada pela maioria do povo português adversário das cores Azuis e Brancas.

Acreditamos e desejamos que V.P., nestas ultimas semanas algo conturbadas, tenha percebido quem são os seus amigos e apoios, bem como deva ter percebido, que no futebol e como em tudo na vida, é preciso ter muita sorte, e que nesse aspecto o seu anterior chefe, lhe levava alguma vantagem.

Para isso e se nos permite meu caro V.P., para que a sorte também lhe sorria, apareça mais sorridente e com ar mais desinibido, e não tão zangado e circunspecto, pois essa sua postura causará estranheza no adversário, bem como transmitirá também mais confiança aos seus jogadores, que mais não são do que uns meninos mimados à espera de reconhecimento pelas excelentes acrobacias que fazem com a bola, e pode ser que a sorte lhe retribua o seu sorriso, com uma grande fezada.

Ganhar com 11 jogadores.

domingo, 2 de outubro de 2011

Uma questão de centímetros.

Ponto prévio;
A nossa opinião não é uma critica direta à pessoa do treinador Vítor Pereira, nem à sua escolha como treinador principal deste grupo de trabalho, porque acreditamos que o mesmo tem competência para fazer um excelente trabalho, mas sim à sua dificuldade e teimosia em perceber que uma equipa deve funcionar entre o atacar e defender, e não a 100% em ataque continuado, para além de saber o que fazer quanto tem a bola, na qual pode aproveitar para descansar e recuperar forças, assim como quando não a têm e a procura recuperar rapidamente, desgastando-se fisicamente na sua incessante procura em 90 minutos. É nesta dicotomia, do que fazer e quando o fazer que a equipa parece que se perdeu, pois as percentagens dos minutos bem como os metros do seu posicionamento em campo, foram alterados de uma época para a outra.

Ora e com base nestes pontos prévios, achamos que a deficiente imitação do sistema de jogo do Barcelona, que Vítor Pereira insiste em praticar com estes jogadores do Porto, começa a provocar demasiados estragos no cariz competitivo e mental desta equipa azul e branca, e em que o próprio treinador pode muito bem vir a ser imolado no fogo da sua ardente paixão pelo futebol de ataque, à "lá Barcelona".

Querendo teimosamente e num curto espaço de tempo, demonstrar as suas capacidades de credenciado técnico de futebol, que alguns duvidam, e com uma vontade indómita de uma enorme ambição, querendo deixar a sua marca no estilo de jogo deste F.C.Porto 2011-2012, demarcando-se rapidamente do anterior sistema que tanto sucesso provocou, Vítor Pereira que não sendo a escolha mais aclamada e consensual para o lugar de técnico principal, tem vindo a perder paulatinamente o pouco capital de apoio que ainda lhe restava, de parte de uma enorme fatia dos adeptos do clube, depois do abanar da equipa pós empate contra o Benfica, e confirmação mediante a derrota contra o Zenit.

Visitando a blogosfera afecta aos azuis e brancos, são mais os que pedem abusivamente e já a sua cabeça, temendo que estas esfumadas confusões e emaranhadas decisões técnicas nos possam conduzir ao naufrágio completo nesta época desportiva, dos que aqueles que se dignam afiançar que novas vitórias despontam já num horizonte muito próximo, bastando para isso mais afinco profissional e treino físico, sem queimar etapas na consolidação do novo sistema.

Resumidamente e na nossa modesta opinião, de um apaixonado pelo futebol, mas doente pelo azul e branco, apresentamos nas linhas seguintes, a nossa opinião do que pode estar mal neste sistema de jogo, e quais as saídas previstas para a equipa, sem colocar a ambição e os objectivos em risco.

Depois disto, então qual é o pecado do sistema de Vítor Pereira?

Ao obrigar os médios do F.C.Porto, a aproximaram-se demasiado dos pontas Hulk e Varela, arrastando consigo, mais adversários para essa zona do campo, retiram espaço e velocidade a estes, para tentar o um contra um, já que os mesmos tem como melhor arma a rapidez de execução em velocidade, terminando em cruzamento ou remate à baliza. Para além dos nosso médios se aproximarem e congestionarem ainda mais as laterais, desguarnecem o nosso meio campo de elementos, porque a defesa continua a ficar muito atrás na ocupação de espaços, não matando as jogadas no campo adversário, dando assim oportunidade aos médios interiores adversários, ou pivots defensivos de avançarem em velocidade para o nosso meio campo defensivo, já que a preferência é a progressão direta com a bola tipo Benfica, criando assim uma superioridade numérica do seu ataque, em detrimento da nossa defesa.

O primeiro jogo a sério desta época contra o Lyon, provou que este sistema seria fácil de desmontar desde que a equipa adversária tivesse, bons médios defensivos e que possam roubar a bola em agressividade exagerada, sem serem sancionados disciplinarmente pelo facto como aconteceu no jogo contra o Benfica, entregando rapidamente a mesma aos médios ofensivos ou aos pontas de lança do género de Lisandro ou de Gomis, e que não tenham medo de partir rapidamente para a nossa grande área, sem aguardar por apoios, rematando de meia distância à nossa baliza.

Compreendo que este sistema possa ser utilizado, se a defesa fosse constituída por jogadores rápidos e que gostassem de jogar por antecipação, bem como se os nossos médios fossem jogadores com bom remate de meia distância, ou com capacidade de romper entre 2 a 3 adversários em direção à baliza adversária. O único que o faz e já o fazia o ano transacto é o Guarim, devido ao seu poderio físico e que não se deixa abater facilmente. Para além das características técnicas dos jogadores disponíveis que não são as mais apropriadas, este sistema também enferma de uma grande dificuldade, pois provoca um desgaste demasiado acelerado das capacidades físicas dos nossos médios pelos constantes movimentações, entre defesa ataque, e ocupação de outros espaços como as zonas junto às linhas laterais, abrindo o seu raio de ação.

Como saída propomos que a equipa volte a jogar com os blocos mais afastados, ocupando o seu meio campo, deixando o pivot defensivo ocupar a linha por trás dos médios sem se encostar aos defesas centrais, ou entrar nas costas dos médios mais ofensivos, para que se formem os triângulos bem definidos, e que estes se mantenham em posições mais interiores e não se aproximem dos extremos, e que estes últimos, sejam mais diretos nas suas ações, tomando as diagonais em direção à baliza adversária.

Quando sem bola, a equipa deve descer com todos os seus elementos em bloco e posicionar-se mais no nosso meio campo, pressionando a partir da linha do meio campo com mais intensidade o adversário que transporta a bola, resguardando-se fisicamente e de maneira que mal a ganhe, possa rapidamente partir em ataque para a baliza adversária, apanhando a mesma em contrapé.

Temos que ter 2 sistemas de jogo, e não insistir constantemente e durante 90 minutos no pressing alto, pois assim ficamos com a língua de fora aos 50 - 70 minutos, e deixamos muito espaço nas costas da nossa linha média, já que os defesas não acompanham a sua subida no terreno.

O jogo do Barcelona, passa também e muito por este posicionamento e não só pela pressão alta sobre a defesa adversária, pois apesar de o fazer vai recuando para o seu meio campo em bloco, acompanhando o movimento da equipa adversária, mas sempre na procura de roubar a bola ao adversário. Ora é neste pormenor, que os jogadores do FCP tem vindo a falhar. Não recuam em bloco, ou quando recuam não procuram a bola, acompanhando a equipa adversária, porque andam confusos com as novas decisões, ou não querem trabalhar na procura da bola. E como dizia o outro, Roma e Pavia não se fizeram num dia, o Porto tem vindo a sofrer alguns dissabores, porque não teve tempo de treinar devidamente e com todos os seus jogadores este novo sistema de jogo. Vai treinando o mesmo em competição, com alguns custos nos seus resultados.

É tudo uma questão de metros ou centímetros, se mais à frente ou se mais atrás, se deverá colocar a equipa do F.C.Porto a defender e a partir para o ataque.

Neste novo sistema de Vítor Pereira, temos demasiado jogo em apoio e trocas de bola, mas falta-nos matreirice e rapidez para apanhar a equipa adversária em contrapé, ou em desorganização defensiva, bem como capacidade física para o fazer durante 90 minutos.

Se insistir em demasia nesta sistema de alta pressão, então aconselho o departamento físico do F.C.Porto a comprar aqueles potes de suplementos vitamínicos que existem na Sportzone, e a oferecer o mesmo aos seus jogadores.

Nesta altura, é impressionante a frescura física do Benfica, em comparação com o F.C.Porto. Ainda ontem no jogo contra o Paços, e aos 70 minutos, fazem arrancadas de deixar os adversários pregados ao chão, marcando 2 golos em 5 minutos.

Por vezes e por mais que custe a Vitor Pereira e alguns apaniguados adeptos portistas, a utilização de um sistema de jogo de contra-ataque ( transições rápidas ) como uma equipa "pequenina" faz nos jogos contra os grandes, também deverá ser treinado e utilizado para utilizar em alguns dos jogos.

Será que agora por termos a mania de que somos uma potência do futebol, não nos podemos comportar como uma equipa pequena e aguerrida, na busca da vitória, pelo caminho mais curto?