A imprensa da treta que idolatra ídolos
de pés de barro, desde que os mesmos sejam das cores ou preferências dos
jornalistas, tenta a todo o custo cavalgar a onda do descontentamento que alguns
adeptos azuis e brancos manifestaram, após 2 empates e uma derrota, no ainda
curto e imberbe reinado de Vítor Pereira, mesmo depois de uma categórica e
expressiva vitória alcançada em Coimbra, contra uma das melhores equipas deste
campeonato.
A insistência na tecla de que 55% do
inquiridos azuis e brancos, se sentem ainda insatisfeitos, é a prova de que se
pretende a todo o custo criar confusão e descrença, numa casa que nos últimos
anos esmaga e de que maneira, os concorrentes diretos e representantes da
capital do outrora império português, quer em termos de conquistas efetivas de
troféus nacionais, quer internacionais.
Este tipo de comunicação, nesta altura
da inversão do trajeto descendente da equipa e principalmente do seu técnico
principal, não é inocente.
Não se pretende informar, pois caso
contrário a notícia teria que nos enquadrar no critério do arranque desta época
competitiva, bem como no período curto da analise dos acontecimentos, e da valia
dos competidores em disputa, bem como na escolha de Vítor Pereira, dando o corpo
às balas, aceitou o desafio de assumir o projeto do qual antecipadamente outros
tinham preparado, mas que fugiram do mesmo a sete pés, por medo e complexos de
inferioridade perante o papão Barcelona.
Na nossa opinião, aceita e mitiga este
tipo de notícias, quem for mesmo distraído e não pensar pela sua cabeça,
deixando-se influenciar por pseudo defensores da verdade, mas que não são mais
do que meros bonecos e moços de recados, na persecução da estratégia dos
adversários e inimigos do F.C.Porto.
Um verdadeiro portista, não se deve
esquecer que Vítor Pereira demonstrou uma verdadeira coragem de líder, num
momento tão conturbado para a vida da sua equipa principal de futebol, ao
colocar o convite do Presidente em primeiro lugar, quando teria sido muito mais
cómodo ter seguido o seu anterior chefe para um principesco lugar como adjunto
do Chelsea.
Para quem nunca treinou um clube da
primeira divisão, nem tem a experiência de ter servido como adjunto do “Special
One” durante 10 anos, Vítor Pereira tem vindo a demonstrar ter capacidades mais
que suficientes, para conseguir levar esta empreitada a bom porto.
Não é reconhecido como o mestre da
táctica por 44,5% dos inquiridos, pois também não o poderia ser, já que esse
título está entregue ao seu adversário de encarnado vestido. Não se esqueça, é
que para quem está a começar, ter já o reconhecimento de 36,9%, de como faz uma
boa leitura táctica, é já um bom indicador, e com um pouco mais de calma, e
principalmente de sorte, poderá chegar ao topo, fazendo os mesmos ou melhores
números que o seu antecessor.
Se nos lembrar-mos da quantidade de
bolas aos ferros, bem como algumas defesas impossíveis como aquela que Artur faz
ao primeiro remate de Hulk, hoje não estaríamos a ver este tipo de inquéritos
mas se calhar a questionar, como é que é possível o FCP, voltar a acertar em
cheio na contratação de mais um treinador, enquanto questionaríamos a Jorge
Jesus, ou de Domingos.
Quanto a Vítor Pereira e na nossa
opinião, o mesmo ainda assim cometeu erros. Mas isso é normal, quando temos
cabeça e queremos pensar pela nossa, em vez de facilmente copiar o que outros
fazem, ou fizeram.
Arriscou e deu-se mal? É natural, pois
tentou que a equipa fizesse aquilo que os adversários nunca esperariam, e acima
de tudo fizesse algo de novo em tão pouco espaço de tempo.
Mas qual foi o seu maior pecado até ao
momento?
O de não ter percebido que no F.C.Porto
a cultura de vitória está tão enraizada que qualquer jogo é disputado como se de
uma final se tratasse, e que por isso não existe tempo para testar e consolidar
novos processos, já que a vitória e sempre a vitória, é o que mais
interessa.
Em conclusão.
Este inquérito demonstra que a
concorrência está a ficar nervosa, pois a estrutura Azul e Branca abanou, mas
não caiu, e V.P. mostrou que aprendeu e adaptou-se rapidamente.
O jogo em Coimbra, é exemplo disso
mesmo. Processos simples, e comodidade em
defender mais atrás, obrigando o adversário a avançar e a expor o seu último
reduto. Falta ainda ganhar o aspecto físico, já que o desgaste acumulado nos
primeiros jogos do campeonato e da supertaça europeia, foram demasiados.
No fundo, este estudo mais não é do que
a demonstração de que a estratégia delineada pelos adversários durante o defeso,
em que alguns já consideravam uma vitória fácil no
campeonato, após a fuga do principal e vitorioso treinador, bem como do
principal goleador do F.C.Porto, lhes iria permitir ultrapassar facilmente a
grande desvantagem que tiveram no passado recente para com
o F.C.Porto, está contudo presa por mosquitos, e que mais cedo ou mais
tarde, irá ruir que nem um castelo de areia.
Esta notícia, num dos jornais de maior
tiragem, revela já algum desnorte por parte da concorrência, pois o F.C.Porto
para alcançar e manter o primeiro lugar da liga, ainda não teve que apresentar
um índice de competitividade e velocidade tão elevado como os seus concorrentes
diretos, que já se encontram no máximo da sua forma física, e que com o
continuar do campeonato em moldes normais, lá para o meio ou no ultimo terço, se
venham a revelar em lesões complicadas dos seus jogadores, como aconteceu no
passado recente.
Assim se V.P. conseguir vencer
este campeonato, como tudo parece indicar ,devido à quantidade e qualidade
inquestionável de alguns reforços que ainda não foram utilizados, será mais um
enorme elefante que terão que engolir, pois esta vitória, mais não é, do que uma
aposta pessoal de Pinto da Costa, essa personagem tão mal interpretada e odiada
pela maioria do povo português adversário das cores Azuis e Brancas.
Acreditamos e desejamos que V.P.,
nestas ultimas semanas algo conturbadas, tenha percebido quem são os seus amigos
e apoios, bem como deva ter percebido, que no futebol e como em tudo na vida, é
preciso ter muita sorte, e que nesse aspecto o seu anterior chefe,
lhe levava alguma vantagem.
Para isso e se nos permite meu caro
V.P., para que a sorte também lhe sorria, apareça mais sorridente e com ar mais
desinibido, e não tão zangado e circunspecto, pois essa sua postura causará
estranheza no adversário, bem como transmitirá também mais confiança aos seus
jogadores, que mais não são do que uns meninos mimados à espera de
reconhecimento pelas excelentes acrobacias que fazem com a bola, e pode ser que
a sorte lhe retribua o seu sorriso, com uma grande fezada.