Começa a ser difícil perceber a
filosofia utilizada na abordagem e preparação dos jogos por parte do F.C.Porto. Depois do
aviso no jogo do Feirense, e com consequências no jogo do Benfica, o técnico do
F.C.Porto, mostrou uma tendência demasiado consistente na procura do risco e
consequente naufrágio das suas competências técnicas, com consequência nos
resultados alcançados pela sua equipa.
A teimosia, em colocar a equipa a
defender muito alto, tem provocado os consequentes contra golpes dos
adversários, devido às dificuldades gritantes que o meio campo bem como a defesa
revela na recuperação das suas posições defensivas. Por outro lado, quando se
coloca em campo um defesa que não é dos mais consistentes a defender, em
conjunto com um médio que pouco ou não defende ou trabalha na procura da bola, e
ainda lhe junto um extremo que é dos que mais bolas perde, devido aos constantes
riscos que corre na procura de ultrapassar os adversários, quando poderia jogar
simples, só pode significar uma coisa. Convidar o adversário a explorar esse
mesmo flanco até à exaustão, bem como estender uma passadeira vermelha com
convite bem endereçado, a um dos melhores jogadores da equipa adversária, Danny,
para que este provoque o pavor na nossa defesa, transformando em miséria, todo e
qualquer jogador que apareça no seu flanco de jogo. Se lhe juntarem o melhor em
campo Roman Shirokov, a esta parte do campo, então estamos mesmo tramados.
Coitado do Jorge Fucile, que foi conduzido à fogueira, pelo seu
treinador.

Tudo isto é triste de aceitar, numa
equipa que num passado recente e fresco, fez brilhantes jogos a nível europeu.
Mas se a tudo isto, ainda lhe juntarmos algum descuido e falta de concentração,
por se envolver em tricas de caserna com o seu adversário português, na
antecedência de um jogo europeu, desgastando a sua imagem desnecessariamente, já
que em vez de falar e tratar de um problema de cada vez, dispersa a sua atenção
por várias frentes, perdendo-se no emaranhado de emoções, que lhe conduzem a ter
um fraco discernimento do que se passa antes durante a após os jogos, então o
caso torna-se altamente explosivo!
Para mim, é muito estranho que alguém
da estrutura ainda não tenha chamado a atenção do treinador, para as longas e
demasiadas explicações que o mesmo oferece, nas suas entrevistas com a
comunicação social, bem como nas constantes trocas de bola, que vai mantendo com
o seu estimável colega “vermelho”, descendo ao nível deste, e dando
protagonismo a quem não o tem. Se não sabe, já alguém o deveria ter explicado,
que quando se luta com indivíduos que incitam a bater nas pernas dos adversários
das duas uma; ou somos do mesmo gênero e jogamos da mesma forma, ou então nesse
jogo perdemos em competência para o nosso adversário, para além de nos
conspurcarmos todos, por estarmos a lutar na lama, local privilegiado do nosso
adversário.
Para esta gentinha só existe uma
resposta, e essa é dada dentro do campo com vitórias e depois de criada a
vantagem e supremacia, aí sim, entramos em confronto e esmagamos o tipo, até o
mesmo ser um pontinho insignificante, no chão que pisamos.
Como nada está perdido e porque no
nosso entender, esta derrota vem na hora certa, é tempo de o treinador se
concentrar na procura e estudo das melhores soluções, bem como no tocar a reunir
das sua tropas, juntando os verdadeiros interessados e disponíveis a
sacrifícios em prol da equipa, para o ajudar a sair deste buraco, em que se
colocaram por menosprezo dos seus adversários.
Para além destas situações, alerto mais
uma vez para a questão da gestão dos jogadores com cartões amarelos, durante o
decorrer dos jogos. Nestas competições de início de época em que os jogadores
ainda procuram a sua melhor forma física e psicológica, bem como em que as
equipas são cada vez iguais e homogêneas, no seu
poderio técnico, a questão de um jogador ser amarelado ou não, é um factor a
explorar pelo adversário caso este esteja atento a todas as insignificâncias do
jogo.
Já no jogo do Benfica, enquanto muitos
abordam e continuam a abordar a substituição do Guarim, esquecem-se de um
pequeno pormenor que se transformou num grande pormenor com efeito no resultado
final do jogo.
A importância primordial que foi a não
substituição dos elementos defensivos, quando toda a defesa e pivot defensivo do
F.C.Porto estavam amarelados, com exceção de Rolando que anda sempre meio
perdido e com pouca produtividade naquela defesa, o nosso adversário
aproveitou-se desse facto para explorar essa janela de oportunidade que o
árbitro lhes ofereceu, e por via disso conseguem alcançar o 2º golo e empatar a
partida, uma vez que nenhum dos jogadores do F.C.Porto pode jogar mais
agressivo, podendo fazer uma falta ao adversário que transportava a bola,
matando a jogada, com medo de ser expulso do jogo prejudicando a sua equipa, no
tempo que faltava para jogar.
Depois desta situação, pelos vistos no
jogo de hoje mais uma vez a equipa técnica do F.C.Porto, mostrou que continua
distraída para agir na correção estes pequenos pormenores.
Quem viu o jogo de hoje, entre o
Valencia e o Chelsea, sabe que após o cartão amarelo mostrado ao capitão e
central do Valencia, David Albelda, o Chelsea consegue alcançar o golo numa
jogada rápida pelo meio do terreno, pela macieza que a equipa do Valência
demonstrou no tapar dos caminhos para a sua baliza.
Siga a festa e o campeonato, que o jogo
de Coimbra será mais quente do que se previa à quinze dias atrás.