Quem não quer vencer, e não arrisca
minimamente em ganhar, arrisca-se a perder. A sorte não nos bafeja. só porque
somos os mais bonitos ou porque sim. É preciso dar um sinal, para que ela nos
sorria. A entrada daquela moço do Benfica, porque sim tem que entrar mesmo que
não toque na bola nem um remate faça, foi o sinal que sorte precisou para nos
virar as costas. Bastava ter derivado Ronaldo para o meio e entrado Varela para
a esquerda, que a sorte talvez nos sorrisse. O que achei ainda mais ridículo por
parte do famoso treinador, foi que no inicio do prolongamento colocou o ponta de
lança ( fantasma ) a jogar na esquerda, derivando Ronaldo para o meio. Com esta
colocação táctica que nada acrescentou em dinâmica de jogo à equipa, só
demonstrou que tem medo dos jornalistas…e pensar que ainda havia adeptos
portistas a querer este tipo como treinador do Porto. Livra!
Bom mas vamos lá à história do jogo;
Uma bola nos ferros tem dois destinos
possíveis: entra ou sai. O penálti de Bruno Alves foi devolvido pela trave; o de
Fàbregas tabelou no poste para o fundo das redes. E foi assim que a Espanha se
apurou para a final do Euro 2012, eliminando Portugal em Donetsk, após um empate
a zero no tempo regulamentar.
Ninguém foi obviamente superior ao adversário,
ninguém deixou de lutar o necessário para merecer um lugar na final. Portugal e
Espanha, com estilos diferentes, equilibraram-se. Faltaram golos a um
emocionante espetáculo, mas houve poucas ocasiões para isso. A Espanha apostava
no 'tiki-taka', mas não conseguia romper a defesa portuguesa. Portugal
contra-atacava, mas o espaço para Nani e Ronaldo era curto.
Pepe, João Moutinho e Miguel Veloso cumpriram
exibições "gigantes", que por si só mereceriam ir a Kiev. Portugal esteve perto,
mas desta vez o capitão Ronaldo não conseguiu guiar Portugal à vitória. Aos 90
minutos, Cristiano Ronaldo teve a vitória nos pés: tentou rematar com o esquerdo
e atirou para a bancada. Seguiu-se um angustiante prolongamento, onde Portugal
nunca mais consegui contrariar o domínio espanhol.
Rui Patrício fez o que lhe competia: com duas
grandes defesas, evitou que a Espanha sentenciasse a eliminatória no
prolongamento. O guarda-redes português conseguiu levar o jogo até aos penáltis
e deu esperança à Nação quando travou o primeiro remate, de Xabi Alonso.
Portugal tinha nos pés de João Moutinho a hipótese de passar para a frente, mas
Casillas defendeu. Nada de bom se avizinhava.
Iniesta marcou, mas Pepe aguentou a pressão e
empatou a partida. Piqué voltou a colocar pressão sob Portugal e Nani resolveu
retirar a que existia sobre Bruno Alves, quando foi à grande área adversária
dizer que seria ele a marcar, retirando a bola ao central. Nani marcou e, por
ironia do destino, Bruno Alves acabou por atirar à trave, já depois de Sérgio
Ramos ter feito uma "panenka". A final estava nos pés de Fàbregas, mas a bola
precisou de beijar o poste antes de trair o esforço de Rui Patrício. E de todos
os portugueses.
Moutinho que foi um gigante durante o jogo,
não merecia o que lhe aconteceu no penálti.
Parabéns aos jogadores que foram gigantes, com
exceção do fantasma que nada acrescentou, pois nem defender sabia. Foram os
jogadores que nos levaram tão longe. Quando foi preciso uma luz do farol, só
houve escuridão, retranca e medo. Só vence quem arrisca. Falar da sorte e de
azar, é para os medíocres, que nada fazem, mas querem vencer, porque sim! Só
faltou dizer que tinham que vencer porque tinham a Nossa Senhora de qualquer
lado, como o outro pacóvio.
Parabéns à Espanha, que mais procurou a vitória já que a entrada de Pedro por troca com um médio, enquanto Portugal retirou um trinco para meter outro, estava tudo dito.
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