Os Invencíveis Azuis e Brancos: Vendaval de golos, com ferros a tremer no Dragão!

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sábado, 10 de setembro de 2011

Vendaval de golos, com ferros a tremer no Dragão!

Hoje no Dragão, o F.C.Porto proporcionou aos seus adeptos e apoiantes um belíssimo recital de futebol contra o Vitória de Setúbal, com 2 momentos bem distintos em termos de filosofia de jogo. Na primeira parte, o F.C.Porto apresentou-se em posse de bola e com muitas tabelas e passes entre os seus elementos, mas tudo num ritmo algo lento e denunciado, misturado com algumas confusões na ocupação dos espaços. Mesmo assim, o F.C.Porto numa toada calma, lá foi empurrando o autocarro que a equipa do Vitória de Setúbal colocou em campo, na esperança de proteger todos os caminhos para a sua baliza.

Com o passar do tempo, os jogadores do Setúbal foram-se colocando cada vez mais dentro da sua grande área defensiva, já que a equipa do F.C.Porto apresentava-se cada vez mais asfixiante na procura da bola, uma vez que tinha as suas linhas muito subidas, e com isso cortava o mais possível os espaços, não permitindo ao Setúbal sair em posse da sua defesa para o ataque. A meio da primeira parte, chegamos a ver 2 ou 3 jogadores do Setúbal a colocarem-se dentro da sua baliza, na vontade de defender o resultado e o seu guarda redes, Diego, o melhor jogador do Vitória Setúbal, a suster todo o ímpeto de ataque do Porto. Nesta fase do jogo, sobressaiu mais uma vez “El Bandido” James Rodriguez , no papel de grande maestro do jogo, uma vez que as jogadas mais perigosas do ataque do F.C.Porto, partiam dos seus pés.

Mesmo num jogo algo confuso, o F.C.Porto foi capaz de enviar 3 bolas aos ferros da baliza defendida por Diego, com manifesta sorte para este último, e para grande infelicidade de Sousa, Rolando e de Kléber. Na verdade, o lance finalizado por Kléber é o mais vistoso da primeira parte, em que este após uma desmarcação primorosa, faz um remate cruzado, apanhando o guarda redes desprevenido que se ajoelha, quando a bola é rematada de baixo para cima, embatendo com estrondo na barra. Refira-se que após a bola ter saído, Diego levanta-se e dando uma palmada na trave, agradece aos Santos, a virgindade das suas redes, já que o resultado se mantinha teimosamente num nulo.

Bem a 2ª parte deste jogo, é outra história com a entrada de Moutinho para o lugar de Sousa, que diga-se em abono da verdade, até estava a fazer um bom jogo. Mas como disse Vítor Pereira, retirando um fixo e colocando 2 volantes a transportar bola e a criar linhas de passes, a primeira estrutura defensiva do autocarro do Setúbal, foi-se desmoronando, porque se marcavam Bellushi, sobravam Moutinho ou Defour ( bela exibição do Belga, quase coroada com um golo, se não fosse mais uma excelente defesa de Diego a negar –lhe o feito), para lançar o perigo no seu último reduto.

Aos 52 minutos, o momento de abertura do ferrolho da baliza de Setúbal. Numa insistência de Belluschi na procura da bola, esta sobra para Moutinho, que acariciando a mesma, aplica-lhe um potente remate de fora da área, rasante à relva, em direção ao canto inferior do poste esquerdo da baliza de Diego, e apesar do seu estiraço, foi sem possibilidades de defesa.

Estava feito o mais difícil.

Contudo, o Setúbal que até a altura em que sofreu o primeiro golo, pouco se tinha interessado em atacar a baliza do FCP, encheu-se de brios e apesar de uma oferta da defesa do F.C.Porto, mais uma por falta de agressividade na procura da bola, João Silva não foi capaz de bater a valia e experiência confirmada de Helton.

Vítor Pereira, sentindo o adormecimento da sua equipa, lança Hulk no desafio por substituição de Kleber. Em boa altura o fez, porque a partir desse momento, a mais valia técnica da equipa veio ao de cima, com jogadas vistosas e bem delineadas pelo meio campo e ataque do F.C.Porto.

O expoente máximo desse período é a obra prima do 2ª golo, concretizada por James Rodriguez, mas abrilhantada e açucarada por Hulk com um passe de calcanhar, após desmarcação primorosa de Bellushi, que tinha recebido na entrada da área, um passe de Defour, a rasgar a primeira muralha da linha defensiva.

Com este 2º golo, o que restava de capacidade defensiva do Vitória de Setubal esbateu-se, chegando o F.C.Porto ao 3º golo através de um remate de fora da área protagonizado por Belluschi que tanto tinha trabalhado na procura do mesmo.

Como dizia Vítor Pereira na conferência de imprensa após o jogo, e depois de um enorme elogio a Hulk, “por este ter demonstrado toda a sua humildade e valia de craque, já que se disponibilizou a ficar no banco de suplentes e quando chamado a jogar demonstrou mais uma vez toda a sua classe, virtuosismo e alegria em disputar o jogo”, que esta equipa do F.C.Porto é mesmo recheada de grandes e belíssimos jogadores.

Por esse facto, e mediante a capacidade técnica de cada elemento da equipa, existem hoje mais variantes na concretização dos lances de ataque do F.C.Porto, sinal disso são os 2 golos de remates de fora da área, deixando assim as equipas adversárias com dificuldades de marcação aos finalizadores, já que qualquer um deles o pode ser, e com qualquer tipo de lances organizados ou individuais de ataque.


Em resumo, belo jogo de futebol muito bem disputado, com momentos e lances para todos os gostos e interesses, e no qual depois do que vimos, só podemos esperar grandes alegrias e grandes conquistas, por parte dos de azul e branco equipados.

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